quarta-feira, 11 de junho de 2008

Dia dos Namorados

Um famoso mestre se encontrou frente a um grupo de jovens que estavam contra o matrimonio. Os jovens argumentavam que o romanticismo constitui o verdadeiro sustento dos casais e que preferível acabar com a relação quando este se apaga em vez de entra na monotonia do matrimonio.
O mestre dize que respeitava sua opinião, mas relatou o seguinte:
- Meus pais viveram cinqüenta e cinco anos casados. Uma manha minha mãe descia as escadas para preparar o café da manha do papai, mas sofreu um infarte.Caiu. Meu pai a alcançou, a levantou como podia e quase as rastras a subiu a camionete. A toda velocidade, sem respeitar altos, a levou no hospital. Quando chegou, por desgraça, já tinha falecido. Durante o enterro meu pai não falou, seu olhar estava perdido. Quase não chorou. Essa noite seus filhos nos reunimos com ele. Em um ambiente de dor e nostalgia lembramos belíssimas anedotas. Ele pediu a meu irmão o teólogo que lhe fala-se de onde estaria sua mãe neste momento. Meu irmão começou a falar da apos a morte, conjeturou como e onde ela se acharia. Meu pai escutava com grande atenção. De repente pediu:"Me levem ao cimenteiro agora"."Papai", respondemos,"são as onze horas da noite! Não podemos ir ao cimenteiro agora."Levantou a voz e com um olhar vidroso dize:"Não discutam comigo, por favor, não discutam com o homem que acabou de perder aquela que foi sua esposa por cinqüenta e cinco anos".Se produziu um momento de respeitoso silencio. Não discutimos mais. Fomos ao cimenteiro, pedimos permissão ao selador, com uma lanterna chegamos onde a lapide. Meu pai a acariciou, fez oração e nos disse a nos seus filhos, que víamos a cena comovidos: Foram cinqüenta e cinco bons anos..Sabem?, ninguém pode falar de amor verdadeiro se não tem a idéia do que é compartilhar a vida com uma mulher assim". Fez uma pausa e se limpou o rosto. "Ela e eu estivemos juntos naquelas crises. Quando troquei de emprego"continuou"Fizemos nossa bagagem quando vendemos a casa para nos mudar de cidade.Compartimos a alegria de ver nossos filhos concluir suas carreiras profissionais, choramos um ao lado do outro na partida de seres queridos, rezamos juntos na sala de espera de hospitais, nos apoiamos na dor, nos abraçamos em cada natal e perdoamos nossos erros...Filhos, agora ela se foi e estou contente,sabem porque?Porque ela se foi antes que eu;Não teve que viver a agonia e a dor de me enterrar, de ficar sozinha depois da minha partida. Serei eu quem passe por isso e dou graças a Deus. A amo tanto que não gostaria que sofre-se ..."Essa noite entendi que o verdadeiro amor. Dista muito do romanticismo, não tem a ver muito com o erotismo, mas bem se vincula ao trabalho e ao cuidado que se professam de duas pessoas realmente comprometidas.
Quando o mestre terminou de falar, os jovens universitários não podiam rebater. Esse tipo de amor era algo que não conheciam.............

adaptado de Anthony Campole.Es viernes pero el domingo viene,vida.

Um comentário:

Anônimo disse...

Dia fatídico... KKKK vou me entregar aos tóxicos, quero chocolates e meu edredon ... xD (fim da sessão melodrama ¬¬)

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Pois é meu caro, o romantismo é mais uma criação humana... Tem começo, meio e fim...
Um comentário do teólogo poderia ser aceito mas muito além das leis teorizadas está a certeza daquele que sente, e certamente o seu esposo sabe onde encontrá-la... Não fisicamente, mas sua presença pode ser sentida por ele cada vez que lembrar desse laço e acredito que ela continua viva enquanto esse amor durar no coração dele.

Acho que é assim que pensam os grandes amantes, os verdadeiros, como neste causo, e também acredito que conseguem ir muito mais além, mesmo que não falem pois compartilham de descobertas que preferem guardar na intimidade deles, suas relíquias.


Não tenho muito jeito pra falar dessas coisas, mas acho que esse básico todos sabemos desde que nascemos, está no nosso "Sistema Operacional" mais primitivo hehehe!

Bijoux!