Muito se fala na "nova classe média" que se formou no Brasil em decorrência das políticas sociais implementadas pelo Governo Federal. Ninguém presta atenção, contudo, numa curiosa classe que tem despontado na pirâmide social:os novos excluídos.Essa classe fica longe de qualquer extremo, não é rica nem pobre. Num passado recente, tinham poder aquisitivo.
Agora, com seus salários defasados, não conseguem manter o padrão de vida da família e se endividam aos montes.São funcionários públicos em carreiras não tão gloriosas, pequenos empresários que muito labutam, profissionais liberais incapazes de competir com os maiorais da área. Gente trabalhadora, tida por rica, mas, no fundo, excluído.Suam para matricular os filhos numa escola particular e não são recompensados, pois a ênfase passa a ser dada para cotistas, seja pela cor, seja pela renda. Com seus salários, que bem poderiam servir para movimentar o consumo, nada se faz além de alimentar a Receita.No cotidiano, apesar da vida financeira apertada, são as vítimas da violência, simplesmente pelo fato "aparentarem" riqueza.
Quem tem dinheiro se protege, quem não tem, não é visado. Todos os olhos da ganância, então, resolvem se virar para eles, os novos excluídos.
Autor:Victor Hugo de Araújo Barbosa
Fonte: Jornal de Londrina 4/out.2009 Ano 21/nº6.336
Um comentário:
Minha família faz parte da classe média.
Eu sempre disse isso, nós não somos ricos e nem pobres... E sim amassados entre essas duas classes sociais, onde os trabalhadores braçais sugam cada centavos nossos pois pensam que ganhamos bem pelo que aparentamos ser. Minha mãe ainda não mudou a cabeça e compra várias roupas de marca, carro novo todo ano... Mas eu sempre falo, mas eu já cansei... Falar o que né. É rezar para que não nos individamos.
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